Foi o que disse Henry David Thoreau, poeta e naturalista estadunidense. Thoreau era um amante da natureza, defendia a legitimidade da desobediência civil diante de um governo injusto e era um abolicionista! Sim, ele defendia a liberdade.
Gosto muito dessa frase e ela representa a postura que tenho diante da vida. Gosto do que é simples, natural e sobretudo livre. Uma das principais necessidades humanas é a liberdade. Precisamos dela tal qual precisamos de oxigênio, de afeto e de pão e água. Não sendo livres, não vivemos, existimos penosamente.

Há algum tempo eu decidi partir, e para ser bem sincera, não sei muito bem por qual motivo. Sei que precisava fazê-lo. Claro, Não tomei a decisão somente baseando-me em meus anseios existenciais. Analisei logicamente as vantagens e desvantagens de ir embora e deixar tudo para trás, mas é fato: o desejo de descobrir algo novo e a sede de liberdade e crescimento foram os grande motivadores.
Queria morar em vários lugares do mundo inteiro! Sim, loucura. Porque não me basta o “turistar”. Gosto é de viver o quotidiano de cada lugar, de explorar as coisas simples, comuns, banais… Não me basta vistar uma cidade e só conhecer as atrações e monumentos turísticos. Contudo, como são diversos os lugares pelos quais me interesso, seria preciso “morar” um pouquinho em cada um. Algo que não é tão facilmente realizável. Mas o mundo é vasto e encantador. Desejo saber como vivem os “do lado de lá”.
Decidi partir. Às vezes é preciso fazê-lo. Dói, mas é necessário quando ainda não achamos o nosso lugar no mundo. Ainda que seja para saber para onde você queremos voltar. Se a essência humana é a liberdade, a coragem é nosso combustível.