Não conhecemos e não controlamos nada. Tudo nos escapa. Há uma imensidão de coisas que se impõem sobre a nossa natureza e que nos subjugam. Nos resta apenas assumir nossa impotência diante do sagrado. Sagrado é aquilo que ultrapassa a experiência, o saber e a ciência. De que somos feitos? O que nos move? De que matéria é composta a felicidade? Se há um só denominador comum a todos homens da terra, é este o anseio pela felicidade. Certamente o combustível que anima o homem. Um tecido de tramas complexas e finas do qual ignoramos a origem e a técnica. Uma arte da qual pouco ou nada sabemos. Face ao sublime, deve-se raciocinar ou sentir? Aprecia-se os acordes de harmoniosa melodia através do estudo da técnica ou da paixão que inflige aos olhos a presença de algumas lágrimas? Nada é mais fugidio e impreciso que a felicidade.
